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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Yorubá






Iemanjá


Segunda feira dia 02 de fevereiro é dedicado a entidade espiritual dos mares, Iemanjá, não cabe ao blog fazer menções pejorativas ou mesmo gloriosas no aspecto religioso, acreditamos que o procedimento de valorizar ou desvalorizar segregaria ainda mais determinados grupos.
A procissão começou na lapa com os fiéis de Iemanjá, todos com mantos, guias e vestimentas a caráter, seguiu pelas ruas do centro até chegar na praça XV onde permaneceu por alguns minutos esperando a balsa para que os fiéis entregassem suas oferendas em alto mar. mais de 250 pessoas estiveram presentes entre praticantes e não- praticantes religiosos.
Seria uma discussão tola se parássemos para ver a validade da procissão e a real existência da “rainha dos mares”, esse realmente não é o questionamento, o ponto a ser analisado é o real sentido individual da procissão, ou seja, através das fotografias podemos entender como uma

vida dedicada a sua verdade tem sua importância, se para alguns céticos e não religiosos esse momento pode não representar nada, para as pessoas que dedicam suas vidas a essa causa faz com que se torne sua razão de viver.











A mitologia YORUBÁ , que é uma espécie de mitologia onde é englobado todos as entidades africanas; Olorum, Exu, Xango, obá, etc.. essa mitologia é a originária do candomblé que veio surgir no Brasil com a chegada dos escravos africanos ao país. No primeiro parágrafo deixamos claro que não faríamos qualquer comentário pejorativo, no entanto não podemos nos cegar do preconceito que ecoa juntamente com a menção dos nomes dos orixás pela nossa sociedade.
O diferente sempre nos surgiu como diferente, no entanto qual o parâmetro para se estipular os padrões de normalidade? morfologicamente a palavra exótico é formada pelo prefixo “ex”, o radical “Ótic” e sufixo “a” . “ex”= aquilo que foi passado ou que é extra a algo ótic= referente ao olhar/ver, entendemos que o exótico é aquilo que não é comum ao nosso olhar e o que não é comum é tratado como diferente e logo discriminado.

O parâmetro exótico ou não exótico é nos dado pelos esquemas sociais e culturais ao qual somos submetidos desde o nosso nascimento, talvez isso explique porque a mitologia YORUBÁ seja tão mais criticada e sofrida de preconceito do que, por exemplo, a mitologia grega que de uma forma geral todos achamos muito poética e inspiradora, no entanto todas as duas são mitologias.