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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Trote Universitário


Começou mais um semestre, de certo que um pouco atrasado devido a tal gripe suína, como se atrasar as aulas impedissem as pessoas de freqüentarem boates, shoppings, cinemas, shows.....





















Mesmo com esse atraso ainda podia se ouvir alguns comentários soltos no ar dizendo; “ pô é primeira semana, primeira semana é tranqüilo”, é tranqüilo
?!! Avisa isso pra alguns professores, porque para alguns deles as aulas começariam em
dezembro.
No ritmo da primeira semana não pode faltar a primeira chopada e o primeiro trote do novo semestre.









Poucas pessoas sabem, mas a palavra “trote” remete diretamente a forma organizada de os cavalos se locomoverem, nenhum cavalo nasce trotando ele é ensinado e adestrado para trotar, dentro dessa estrutura comparamos os calouros com “seres” que precisam ser ensinados a andar na linha, a famosa canção cantada em todos os trotes da Facha confirma isso: todo calouro é burro... todo calouro é burro.... todo calouro é burro.














Esse “andar na linha” e “ensinar a trotar” tem como único objetivo o
Entrosamento entre os alunos através de uma brincadeira, sem que ninguém se sinta ofendido ou menosprezado em
participar.

Podemos entender o trote como um rito de passagem inerente a todos os novos alunos que chegam na vida acadêmica, esse rito é um ciclo, todos que estão dando o trote já passaram por isso antes e os que estão tomando o trote certamente no próximo semestre irão fazer a brincadeira com novos calouros.
Esse semestre os padrões do trote foram seguidos com algumas inovações, todas as mulheres com sutiãs por cima das blusas e os homens com suas cuecas por cima das calças, voltaram a ser criança brincando de “morto/vivo”, ciranda e ainda teve corrida de pegar o amendoim na bacia cheia de farinha com a boca, mas o que tomou a cena foram alguns personagens que apareceram por lá, como por exemplo; Fred Mercury, Borat e o Blanka do street fighter.

Fiquem a vontade, para ampliar a foto basta clicar em cima























terça-feira, 21 de julho de 2009

Todo Primeiro Sábado

(clique nas imagens para elas ampliarem)


É normal para a Rua do Lavradio no primeiro sábado de cada mês receber uma feira muito inusitada, essa feira tem ficado cada vez mais cheia. o que tem demais em uma feira? Não é uma feira comum pois senão se igualaria as trilhões de outras feiras no Rio de Janeiro, de primeira notamos as pessoas com seus visuais moderninhos e suas roupas que remetem a tradicional vida boêmia da lapa, não estranhe se você fizer um amigo, pois o clima é muito hospitaleiro, a filosofia do lugar deve ser ; “ SINTA-SE EM CASA”, minha abordagem fotográfica sobre o lugar não diz tudo sobre o que acontece, mas sim o que me chamou a atenção; antiquários, sorrisos, pessoas entre outros, por isso recomendo que vá no próximo primeiro sábado do próximo mês para que conheça.
Um leque de opções que vai desde a venda de antiguidades até a rodas de jongo e shows de MPB, um clima alternativo e ao mesmo tempo tradicional, assim é a feira da Lavradio. o Hora Essa Esteve lá e traz algumas imagens e uma nova postagem marcando o retorno do funcionamento do blog sobre o que acontece no Brasil e principalmente no Rio de uma maneira intimista e despreocupada com a grande mídia, abrindo espaço para uma observação menos espetaculosa dos fatos do nosso cotidiano.







quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Yorubá






Iemanjá


Segunda feira dia 02 de fevereiro é dedicado a entidade espiritual dos mares, Iemanjá, não cabe ao blog fazer menções pejorativas ou mesmo gloriosas no aspecto religioso, acreditamos que o procedimento de valorizar ou desvalorizar segregaria ainda mais determinados grupos.
A procissão começou na lapa com os fiéis de Iemanjá, todos com mantos, guias e vestimentas a caráter, seguiu pelas ruas do centro até chegar na praça XV onde permaneceu por alguns minutos esperando a balsa para que os fiéis entregassem suas oferendas em alto mar. mais de 250 pessoas estiveram presentes entre praticantes e não- praticantes religiosos.
Seria uma discussão tola se parássemos para ver a validade da procissão e a real existência da “rainha dos mares”, esse realmente não é o questionamento, o ponto a ser analisado é o real sentido individual da procissão, ou seja, através das fotografias podemos entender como uma

vida dedicada a sua verdade tem sua importância, se para alguns céticos e não religiosos esse momento pode não representar nada, para as pessoas que dedicam suas vidas a essa causa faz com que se torne sua razão de viver.











A mitologia YORUBÁ , que é uma espécie de mitologia onde é englobado todos as entidades africanas; Olorum, Exu, Xango, obá, etc.. essa mitologia é a originária do candomblé que veio surgir no Brasil com a chegada dos escravos africanos ao país. No primeiro parágrafo deixamos claro que não faríamos qualquer comentário pejorativo, no entanto não podemos nos cegar do preconceito que ecoa juntamente com a menção dos nomes dos orixás pela nossa sociedade.
O diferente sempre nos surgiu como diferente, no entanto qual o parâmetro para se estipular os padrões de normalidade? morfologicamente a palavra exótico é formada pelo prefixo “ex”, o radical “Ótic” e sufixo “a” . “ex”= aquilo que foi passado ou que é extra a algo ótic= referente ao olhar/ver, entendemos que o exótico é aquilo que não é comum ao nosso olhar e o que não é comum é tratado como diferente e logo discriminado.

O parâmetro exótico ou não exótico é nos dado pelos esquemas sociais e culturais ao qual somos submetidos desde o nosso nascimento, talvez isso explique porque a mitologia YORUBÁ seja tão mais criticada e sofrida de preconceito do que, por exemplo, a mitologia grega que de uma forma geral todos achamos muito poética e inspiradora, no entanto todas as duas são mitologias.